Greve dos Professores no DF: Reivindicações e Impactos

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O que os grevistas pedem?
Os professores em greve no Distrito Federal reivindicam:
⦁ Reajuste salarial de 19,8%;
⦁ Reconhecimento do tempo de serviço de professores temporários quando efetivados, para progressão na carreira;
⦁ Aumento dos percentuais de promoção entre os padrões salariais;
⦁ Valorização da qualificação profissional, com melhores incrementos salariais para especialização, mestrado e doutorado.

Situação das Escolas
Segundo a Secretaria de Educação do DF, das 713 escolas públicas, 102 aderiram totalmente à greve, enquanto as demais funcionam parcialmente, com adesão de apenas alguns servidores.
Decisões Judiciais
O Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) declarou a greve ilegal e impôs multa diária de R$ 1 milhão ao sindicato. No entanto, o ministro Flávio Dino (STF) suspendeu a penalidade, mas manteve a ordem para o fim da paralisação e o corte de ponto dos grevistas.
Secretária de Educação se ausenta durante greve
A secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, tirou abono de faltas entre 10 e 13 de junho, justamente na segunda semana da greve, sem prestar esclarecimentos públicos.

Descumprimento do Plano Distrital de Educação
Debate na CLDF sem participação do governo
A Câmara Legislativa do DF (CLDF) realizou uma comissão geral (12/06) para discutir a crise na educação, mas a Secretaria de Educação não compareceu. Entre as principais críticas:
Meta 17 do PDE não cumprida: O piso salarial dos professores não equivale ao de outros profissionais com ensino superior, ficando R$ 5.600 abaixo do esperado.
Rotatividade de professores: Estudantes relataram ter até três professores diferentes em uma mesma disciplina no ano, prejudicando o aprendizado.
Queda nos investimentos
Em 2015, o DF investiu R$ 9 bilhões em educação, acima da meta de R$ 8,1 bilhões.
Em 2024, apenas 3,77% do PIB distrital (R$ 13 bilhões) foi destinado à educação, abaixo da meta de 6,12% (R$ 20 bilhões).

O deputado Gabriel Magno (PT) destacou que, apesar do orçamento do DF ter dobrado desde 2019 (de R$ 36 bi para R$ 73 bi), o investimento em educação não acompanhou o crescimento.
Falta de valorização profissional
A professora Patrícia Gomes, com 16 anos de rede pública, desabafou:
“Até quando vamos ouvir que ‘se não está satisfeito, mude de profissão’? Nós estudamos, nos qualificamos e merecemos respeito.”
Conclusão: Greve é reflexo de promessas não cumpridas
Como afirmou Júlio Cézar Barros, do Fórum Distrital de Educação:
“Se o Plano Distrital de Educação fosse cumprido, não teríamos greve. A mobilização é fruto do abismo entre o prometido e a realidade nas escolas.”
Enquanto isso, o Ministério da Educação trabalha em um novo Plano Nacional de Educação (2024-2034), com foco em equidade e inclusão, mas a situação no DF ainda exige ações urgentes para resolver a crise.

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